
De acordo com a TF Agroeconômica, os mercados de soja, milho e trigo abriram em alta nesta terça-feira (20) em resposta a fatores climáticos e geopolíticos. A soja em Chicago (CBOT) opera a US$ 1.037,25 por bushel (+5,50), impulsionada pela valorização do óleo e preocupações com uma nova onda de calor na Argentina. No Brasil, o indicador CEPEA registra R$ 130,57 por saca (+0,17% no dia e +1,22% no mês).
“O limite para aumento de preços é imposto pelo avanço da colheita da soja no Brasil e sua entrada no circuito comercial, o que atrai demanda e afeta negativamente o ritmo das exportações norte-americanas”, comenta.
O milho também retomou a tendência de alta, com o contrato de março na CBOT a US$ 501,50 por bushel (+4,0). No Brasil, o preço no CEPEA subiu 2,98% no dia e 8,36% no mês, atingindo R$ 81,26 por saca. A valorização reflete os atrasos na semeadura da safrinha e riscos climáticos na Argentina, além da continuidade das exportações americanas. Investidores também monitoram os impactos das tarifas propostas por Trump e a instabilidade no Mar Negro.
“Os comerciantes também estão acompanhando de perto as implicações futuras da escalada tarifária proposta por Trump e do fracassado "plano de paz" para a região do Mar Negro”, completa.
O trigo segue em valorização, cotado a US$ 593,50 por bushel (+1,50) em Chicago, enquanto no Brasil os preços variam entre R$ 1.332,47 no Rio Grande do Sul (+0,46%) e R$ 1.454,33 no Paraná (+0,10%). A força do mercado é sustentada pela queda nas exportações da Rússia e Ucrânia, além da onda de frio nos EUA. A crise no Mar Negro se agrava com a falta de um acordo de paz viável, aumentando as incertezas no suprimento global do cereal.
“Em termos de agricultura, a força do mercado está sendo fortalecida pela queda nas exportações da Rússia e da Ucrânia, e pela onda de frio que afeta as áreas de produção de inverno nos EUA”, conclui.