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Queda nos custos do confinamento

No Sudeste, a redução no ICAP foi causada pela queda nos preços dos insumos


Os confinadores devem monitorar os indicadores de gestão para garantir a lucratividade Os confinadores devem monitorar os indicadores de gestão para garantir a lucratividade - Foto: Sheila Flores

Em julho de 2024, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) foi de R$ 14,14 no Centro-Oeste e R$ 11,15 no Sudeste. Houve estabilidade no Centro-Oeste e uma leve redução de 1,68% no Sudeste. Desde abril, o custo alimentar caiu 6,91% no Centro-Oeste e 14,76% no Sudeste. No Centro-Oeste, o milho e a casca de soja tiveram quedas de 7,70% e 12,00%, respectivamente, nos últimos três meses. Em contrapartida, o caroço de algodão subiu 6,84%. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação permaneceu praticamente estável, com uma leve redução de 0,61%, para R$ 1.073,49.
 
No Sudeste, a redução no ICAP foi causada pela queda nos preços dos insumos energéticos e volumosos, com reduções de 6,85% e 43,61%, respectivamente, no último trimestre. Ingredientes como polpa cítrica e bagaço de cana também diminuíram, com quedas de 11,70% e 9,86%. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação caiu para R$ 1.015,63, uma redução de 5,05% em relação ao trimestre anterior. Comparando julho de 2024 com o mesmo período do ano anterior, o ICAP aumentou 16,00% no Centro-Oeste e permaneceu estável no Sudeste (-0,09%). O aumento no Centro-Oeste foi impulsionado pela menor produção de milho, problemas climáticos, alta demanda global e aumentos em insumos como o algodão.

Os confinadores devem monitorar os indicadores de gestão para garantir a lucratividade. Usando o ICAP atual, é possível estimar o custo da arroba e prever a lucratividade. Em 2023, os custos estimados foram de R$ 207,50 por arroba no Centro-Oeste e R$ 176,99 no Sudeste. No Sudeste, isso permite um lucro superior a R$ 420,00 por cabeça, considerando apenas o preço de venda balcão. No Centro-Oeste, com a recuperação da cotação da arroba, os pecuaristas já conseguem lucro na engorda intensiva. Para aumentar a margem, devem agregar valor ao produto com bonificações dos frigoríficos. Em 2023, os pecuaristas da base Ponta do Centro-Oeste receberam, em média, R$ 42,61 a mais por arroba, resultando em lucratividade significativa.
 

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