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Custos de produção de leite sobem

No mercado externo, as importações brasileiras de lácteos registraram aumento


Foto: Pixabay

Os preços do leite captado em junho seguiram a tendência de alta pelo oitavo mês consecutivo, registrando um aumento de 1,3% em termos reais em comparação com maio. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a “Média Brasil” do leite ao produtor alcançou R$ 2,7524 por litro, valor que é 3,25% superior ao observado em junho de 2023. Desde janeiro, o preço do leite acumula uma valorização real de 32,1%. No entanto, a média do primeiro semestre de 2024, de R$ 2,46/litro, ainda é 14,3% inferior à do mesmo período do ano anterior, com valores ajustados pelo IPCA de junho.

Em contrapartida, os preços dos derivados lácteos no estado de São Paulo apresentaram queda em julho, refletindo uma demanda mais fraca e a dificuldade das indústrias em repassar o aumento do custo da matéria-prima aos canais de distribuição. A pesquisa do Cepea, em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), revelou que o preço do leite UHT teve uma desvalorização de 5,68% em relação a junho, atingindo R$ 4,51/litro. Já a muçarela registrou uma queda de 2,03%, com o preço médio ficando em R$ 31,42/kg.

No mercado externo, as importações brasileiras de lácteos registraram aumento expressivo de 37,43% em julho, comparado a junho, superando em 35,27% o volume importado no mesmo mês de 2023. As exportações de leite em pó também mostraram crescimento significativo, com uma alta de 97,98% no comparativo mensal e 58,05% no anual. Esse movimento resultou em um aumento de 35,7% no déficit da balança comercial de lácteos, que totalizou cerca de 241 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 99 milhões.

Apesar do aumento nos custos de produção, as margens dos pecuaristas continuam positivas. O Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade leiteira subiu 0,62% em julho na "média Brasil", que abrange as bacias leiteiras de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Essa é a terceira alta consecutiva dos custos de produção, mas no acumulado do ano, o COE registra uma queda de 0,68%.

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