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Deterioração no agro do Mato Grosso: Entenda

A soja, principal commodity da região, deve apresentar queda de 34,11%



O milho enfrenta situação ainda mais grave O milho enfrenta situação ainda mais grave - Foto: USDA

O setor agropecuário no Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso, atravessa um período de rápida deterioração. Entre agosto e setembro, os sinais de crise se intensificaram. Segundo relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Valor Bruto da Produção (VBP) do estado deve recuar 26,62% em 2024, totalizando R$ 148,6 bilhões, uma queda de R$ 53,91 bilhões em relação aos R$ 202,51 bilhões de 2023.  

A soja, principal commodity da região, deve apresentar queda de 34,11%, reduzindo o VBP de R$ 101,93 bilhões para R$ 67,16 bilhões. Essa será a primeira redução desde 2013. O milho enfrenta situação ainda mais grave, com recuo de 39,31%, passando de R$ 40,64 bilhões para R$ 24,67 bilhões. As instabilidades climáticas, agravadas por condições financeiras restritivas, estão entre os principais fatores que afetam a produtividade e a previsibilidade de resultados.  

Rodrigo Gallegos, especialista em reestruturação de negócios e sócio da RGF, alerta que o cenário deve se prolongar até 2025. A dificuldade de acesso ao crédito rural, essencial para financiar altos custos de produção, está diretamente ligada ao aumento da inadimplência no setor. Essa combinação amplia os riscos financeiros dos produtores.  

Além disso, a falta de profissionalização das empresas do agronegócio brasileiro compromete a gestão operacional e financeira, dificultando o uso de ferramentas de proteção contra as oscilações do mercado. Gallegos destaca que reestruturação e profissionalização são essenciais para reduzir ineficiências, melhorar a governança e atravessar os desafios de forma mais sustentável nos próximos anos.

“Pela nossa experiência e pelos casos que ajudamos, dos nossos clientes com esse perfil, o melhor caminho para empresas do agro cruzarem 2025 com menor risco é o da reestruturação e profissionalização. A reestruturação para a profissionalização da gestão irá minimizar ao máximo as ineficiências, tanto da gestão operacional, quanto da financeira”, conclui.
 

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