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Estiagem compromete milho e soja na Bahia

Previsão indica tempo seco, mas chuvas podem retornar



Foto: Canva

A falta de chuvas na Bahia tem impactado o desenvolvimento das lavouras de milho e feijão, enquanto favorece a colheita da soja e outras culturas. O cenário atual é consequência da atuação de um sistema de alta pressão que impede o avanço das precipitações sobre o estado.

A colheita do feijão já foi iniciada e avança no Extremo Oeste da Bahia, mas enfrenta atrasos no Centro-Norte e Centro-Sul, devido à estiagem e à queda na produtividade. No caso do milho 1ª safra, a seca segue comprometendo o desenvolvimento das lavouras, especialmente no Norte e Centro-Sul do estado.

Já a soja, embora ainda sofra restrições hídricas na fase de enchimento de grãos, tem tido sua colheita favorecida pela ausência de chuvas. O algodão, por sua vez, apresenta um quadro menos crítico, com a maior parte das lavouras avançando normalmente entre as fases de desenvolvimento vegetativo, floração e formação das maçãs.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o plantio do algodão foi finalizado há algumas semanas e a safra 2025 segue 2% à frente da média dos últimos cinco anos.

Previsão indica tempo seco, mas chuvas podem retornar

O meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Luan Rodrigues, explica que a seca persistente no estado se deve à influência de um sistema de alta pressão. “O principal fator que vem impedindo o avanço de chuvas para o estado da Bahia é a atuação de um sistema de alta pressão, que está atuando na região há vários dias”, afirma.

Nas projeções para os próximos 15 dias, o tempo seco deve predominar. Algumas instabilidades podem ocorrer no Extremo Oeste, mas apenas na forma de pancadas isoladas e passageiras.

Rodrigues destaca, no entanto, a possibilidade de mudanças no cenário climático a partir do fim do mês. “Existe a possibilidade da retomada de chuvas mais abrangentes a partir do dia 23 de março. Porém, essas instabilidades não devem ocorrer em todo o estado”, alerta.

Até o dia 25 de março, a tendência é de que o Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia) continue enfrentando tempo seco, enquanto algumas áreas isoladas podem receber precipitações.

A perspectiva de continuidade da estiagem preocupa os produtores, pois pode agravar os impactos sobre as lavouras de soja em enchimento de grãos e os cultivos de segunda safra ainda em fase inicial. Por outro lado, as áreas que receberem chuvas pontuais poderão ter um alívio parcial nas condições hídricas.

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