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Carne bovina registra reajustes expressivos

No mercado internacional, a situação foi distinta



Os últimos cinco anos evidenciam um ciclo de altos e baixos para o boi gordo Os últimos cinco anos evidenciam um ciclo de altos e baixos para o boi gordo - Foto: Divulgação

De acordo com Ricardo Leite, Superintendente Executivo do Banco Safra, o setor pecuário enfrentou oscilações significativas em 2024, refletindo uma combinação de fatores internos e externos. O preço do boi gordo registrou uma alta expressiva de 35% entre janeiro e novembro, subindo de R$ 249,65 para R$ 338,75 por arroba. No varejo, o impacto também foi relevante: cortes como o acém tiveram aumento de 10,4% em novembro em relação ao mês anterior, acumulando alta de 14,5% no ano. Outros cortes premium, como a picanha e o contrafilé, registraram aumentos de 6,5% e 9,7%, respectivamente.

No mercado internacional, a situação foi distinta. O preço médio de exportação da carne bovina caiu 4,4% no acumulado de janeiro a novembro de 2024. No entanto, o aumento de 30,3% no volume exportado compensou a queda nos preços, resultando em uma elevação de 24,7% na receita total, que alcançou US$ 10,6 bilhões. Desde o pico histórico registrado em julho de 2022, o preço da carne bovina brasileira no mercado internacional acumulou uma desvalorização de 17%, com o preço médio em março de 2024 chegando a R$ 22,6 por kg (US$ 4,53 por kg).

Os últimos cinco anos evidenciam um ciclo de altos e baixos para o boi gordo. Em 2020, o preço subiu de R$ 200 para R$ 250 por arroba, impulsionado pela forte demanda de exportação, especialmente da China. Em 2022, o valor atingiu um recorde em julho, chegando a R$ 320, mas ajustes no mercado internacional fizeram com que terminasse o ano em R$ 300. Já em 2024, o aumento consistente dos preços foi reflexo de uma menor oferta e maior demanda interna e externa, com o valor fechando novembro em R$ 338,75 por arroba.

“As variações de preço da carne bovina em 2024 refletem uma combinação de fatores internos e externos. No mercado interno, a alta demanda e a menor oferta impulsionaram os preços, enquanto no mercado externo, a queda nos preços foi compensada por um aumento no volume de exportações”, disse ele.
 

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