Aumento de 6% no uso de defensivos
No total, a soja liderou o uso de defensivos
Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil registrou um aumento de 10,9% nas áreas tratadas com defensivos agrícolas, alcançando mais de 1 bilhão de hectares. Os dados, fornecidos pela pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) e realizada pela Kynetec Brasil, indicam que a soja, o milho e o algodão foram os principais responsáveis pela expansão. Em termos de volume, o uso de defensivos cresceu 10,3% em comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para o uso de herbicidas (45%) e inseticidas (26%).
A metodologia Produto por Área Tratada (PAT) leva em conta a adoção dos manejos em cada área cultivada, considerando também o número de aplicações e misturas usadas para controlar pragas, doenças e plantas invasoras. No total, a soja liderou o uso de defensivos, com 35% da área tratada, seguida pelo milho (27%) e algodão (12%). Apesar do aumento no uso de defensivos, o valor de mercado caiu 4,7%, somando US$ 11 bilhões, frente aos US$ 12,3 bilhões registrados em 2023.
Esse crescimento no uso de defensivos é atribuído à maior infestação de pragas, como cigarrinha no milho, mosca branca e lagartas na soja e no milho, além do bicudo no algodão. Para a safra 2024/2025, espera-se um aumento de 6% na área tratada, totalizando mais de 2 bilhões de hectares. A soja deve ter um crescimento de 7% na área tratada, com ênfase no controle de percevejos e lagartas. O milho apresentará um crescimento de 4%, especialmente na 2ª safra, com foco no controle de lagartas e cigarrinha. O algodão deverá crescer 6,6%, com foco no tratamento de bicudo e pulgão.