Demanda interna impulsiona alta do milho na B3
O milho na CBOT registrou sua quinta sessão consecutiva de queda
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O milho negociado na B3 encerrou o dia em alta nesta quinta-feira (27), descolando-se da tendência de queda observada na Bolsa de Chicago (CBOT), de acordo com informações da TF Agroeconômica. A forte demanda interna, especialmente impulsionada pela produção de etanol, tem sustentado os preços no mercado físico e na bolsa, mesmo em um período que tradicionalmente apresentaria recuo. Além disso, a valorização do dólar compensou a baixa externa, favorecendo as cotações brasileiras.
Nos contratos futuros da B3, o vencimento para março de 2025 fechou a R$ 86,83, com alta diária de R$ 0,47 e avanço de R$ 4,11 na semana. Já o contrato para maio de 2025 subiu R$ 0,41 no dia, encerrando a R$ 82,61, enquanto julho de 2025 teve um leve acréscimo de R$ 0,01, fechando a R$ 74,17. A dificuldade logística e a menor disponibilidade de grãos no mercado físico também contribuem para essa valorização.
Em contraste, o milho na CBOT registrou sua quinta sessão consecutiva de queda. O contrato de março fechou em baixa de 2,82%, cotado a US$ 4,64 por bushel, enquanto o vencimento para maio caiu 2,53%, encerrando a US$ 4,81 por bushel. A pressão negativa veio de fatores como a declaração do ex-presidente Donald Trump sobre a imposição antecipada de tarifas comerciais e a divulgação de dados pelo USDA, que apontaram uma redução de 45% nas exportações semanais do cereal.
A combinação desses fatores demonstra um cenário de divergência entre os mercados interno e externo. Enquanto o milho brasileiro se mantém valorizado pela demanda interna e pela alta do dólar, a Bolsa de Chicago segue pressionada por incertezas comerciais e queda nas exportações.