Brasil lidera a intensificação agrícola: Entenda

Nos últimos 50 anos, o mundo enfrentou o desafio de alimentar uma população que mais que dobrou, sem ampliar significativamente as áreas agrícolas. Segundo Gustavo Spadotti A. Castro, Chefe-Geral da Embrapa Territorial, o Brasil se tornou referência nesse cenário ao priorizar a intensificação da produtividade em vez da expansão territorial, conciliando crescimento econômico e preservação ambiental.  

Desde os anos 1980, o país deixou de expandir terras agrícolas e passou a investir em tecnologias como fertilizantes avançados, defensivos agrícolas, irrigação eficiente, mecanização e sementes de alto rendimento. “Nosso país tem um papel singular. Desde os anos 1980, saímos de uma fase de expansão de terras para nos tornarmos líderes na intensificação agrícola. Hoje, produzimos mais alimentos em menos espaço, conciliando desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, comenta. 

A adoção dessas tecnologias evitou a conversão de milhões de hectares de florestas e ecossistemas em áreas agrícolas. Estudos apontam que aproximadamente 1 bilhão de hectares globais foram "poupados" graças ao aumento da produtividade – o equivalente aos territórios dos Estados Unidos e da Índia somados. Esse modelo sustentável reforça o papel do Brasil como líder na produção de alimentos, equilibrando eficiência agrícola e conservação ambiental.  

O futuro da agricultura brasileira segue promissor, com a Embrapa e a Embrapa Territorial impulsionando novas pesquisas e inovações. O país continua a aprimorar suas práticas sustentáveis, garantindo que a produção de alimentos acompanhe a demanda global sem comprometer os recursos naturais. “A produção de cereais e outras culturas alimenta não apenas nosso país, mas também milhões de pessoas no exterior”, conclui.