Arroz: produtores otimistas, mas irrigação preocupa
Escassez de água ameaça lavouras de arroz
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Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (13), a safra de arroz no Rio Grande do Sul apresenta cenários distintos entre as regiões. Enquanto Pelotas mantém boas condições para o cultivo, com 57% das áreas em fase vegetativa, 28% em floração e 15% em enchimento de grãos, outras regiões enfrentam desafios com a irrigação devido à falta de chuvas.
A produtividade média na região de Pelotas está estimada entre 9 mil e 10 mil kg/ha, sem relatos de escassez de água ou dificuldades na irrigação. No entanto, em Santa Maria, os baixos níveis de mananciais e açudes já impactam o manejo da irrigação por inundação, afetando as lavouras que dependem de arroios e sangas, com possíveis perdas no rendimento.
Na região de Santa Rosa, a disponibilidade de água para irrigação é considerada crítica, e os produtores aguardam as chuvas previstas para decidir se será necessário o bombeamento de água dos córregos.
Já em Soledade, a estratégia adotada é o uso racional da água para garantir o suprimento ao longo do ciclo. Em algumas propriedades, a irrigação foi temporariamente suspensa, sendo complementada com a água da chuva. Apesar da escassez hídrica, as lavouras mantêm sanidade e bom estado nutricional.
A comercialização da saca de 50 quilos segue acompanhada pela Emater/RS-Ascar, com preços médios monitorados semanalmente.