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La Niña pode desafiar plantio no Brasil

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico



A previsão é que o La Niña se instale por volta de agosto A previsão é que o La Niña se instale por volta de agosto - Foto: NOAA

O fenômeno climático La Niña está prestes a impactar significativamente a agricultura brasileira, segundo análises da Argus, empresa especializada em relatórios e análises de preços para diversos mercados. Este evento climático, conhecido por alterar padrões de temperatura e precipitação, deve afetar as safras de soja e trigo no Brasil a partir do segundo semestre do ano.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, um processo que já está em andamento de acordo com modelos meteorológicos. As temperaturas nas regiões costeiras do Equador e do Peru estão abaixo do normal, sinalizando a transição para este fenômeno. No entanto, as porções centrais do Pacífico ainda mostram características do El Niño, que deve se dissipar até meados de maio. Após esse período, espera-se uma fase de neutralidade de dois a três meses antes que o La Niña se estabeleça oficialmente.

A previsão é que o La Niña se instale por volta de agosto, chegando a tempo de influenciar o plantio da safra 2024-25 de soja no Brasil. Este fenômeno pode atrasar o início da temporada de chuvas no Centro-Oeste, a maior região produtora de soja do país. Tradicionalmente, a época de plantio começa em meados de setembro, mas a extensão do período seco até novembro pode forçar muitos agricultores a adiar o plantio ou a enfrentar riscos de perdas de produtividade nas primeiras áreas semeadas. Para o trigo, a expectativa é que o La Niña também prejudique as janelas de plantio em 2024, embora o impacto específico ainda precise de mais monitoramento e análises detalhadas.

As condições climáticas associadas ao La Niña não são ideais para a agricultura, mas tendem a ser menos severas em Mato Grosso, o maior produtor de soja do Brasil, em comparação com o padrão do El Niño. No entanto, a situação é mais incerta no Sul do Brasil, onde os efeitos do La Niña podem variar significativamente, exigindo uma atenção redobrada dos produtores locais.
 

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