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Guerra comercial aumenta incerteza no mercado do milho

Cotação do milho fecha a US$ 4,69/bushel em Chicago



Foto: Pixabay

O milho registrou alta na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (20), fechando o dia cotado a US$ 4,69 por bushel, contra US$ 4,53 na semana anterior. Segundo dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA) referente a semana de (14/03 a 20/03), no início de março, o cereal chegou ao patamar mais baixo do mês, sendo negociado a US$ 4,36 por bushel.

De acordo com um estudo publicado pela Reuters e divulgado pelo Ceema, a recente liquidação de contratos futuros de milho na Bolsa de Chicago, impulsionada por tarifas comerciais, foi considerada extrema. Normalmente, grandes oscilações nas cotações do milho da nova safra não ocorrem nos primeiros meses do ano. Os contratos futuros de milho para dezembro, que representam a próxima safra dos Estados Unidos, caíram quase 7% em um intervalo de oito sessões, encerrado no dia 4 de março. Esse foi o pior desempenho em um período similar, nos três primeiros meses do ano, desde a queda de 11% registrada em março de 2011.

Veja também: Brasil pode ganhar espaço na soja com tarifas dos EUA

No mercado, há preocupação sobre o milho da nova safra estadunidense não atingir sua máxima do ano, registrada em US$ 4,79 por bushel no dia 20 de fevereiro. Desde 1982, os contratos futuros de milho para dezembro não atingem sua máxima anual em fevereiro, tornando o desempenho deste ano uma exceção. Tradicionalmente, os meses de junho e julho são os mais favoráveis para as cotações do milho atingirem seus picos anuais. Nos últimos 52 anos, esses dois meses concentraram a máxima do milho em 16 ocasiões.

No momento, tanto o milho quanto a soja operam cerca de 6% abaixo das máximas de fevereiro na Bolsa de Chicago. Apesar da instabilidade recente, a expectativa é que o milho para dezembro retorne a pelo menos US$ 4,70 por bushel antes do vencimento, valor que representa o preço médio do mês passado e a garantia de seguro agrícola de 2025 para os produtores dos Estados Unidos.

Desde pelo menos 1973, ou seja, há mais de 50 anos, o milho de dezembro nunca deixou de retornar ao preço médio de fevereiro em algum momento do ano. No entanto, o cenário para 2025 permanece incerto, especialmente diante da guerra comercial imposta pelo ex-presidente Donald Trump, fator que pode gerar novas oscilações no mercado global de commodities.

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