
Segundo a TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sessão desta segunda-feira (21) em queda, pressionada por um cenário político-econômico conturbado nos Estados Unidos. O embate entre o ex-presidente Donald Trump e o atual presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a política de juros afetou negativamente os principais índices de Wall Street, servindo de pano de fundo para o recuo das cotações da soja, em meio às tensões comerciais ainda latentes entre EUA e China.
O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de 0,68%, ou -7,00 cents/bushel, a US$ 1.029,50. Já o contrato de julho caiu 0,60%, ou -6,25 cents/bushel, para US$ 1.041,50. O farelo de soja para maio também registrou queda de 0,91%, ou -US$ 2,70 por tonelada curta, encerrando a US$ 292,90. O óleo de soja para o mesmo mês recuou 0,10%, ou -US$ 0,05/libra-peso, para US$ 47,82.
Entre os fatores que colaboraram para a baixa, está a leve queda de 0,72% nas inspeções semanais de embarques de soja dos Estados Unidos, que totalizaram 550.924 toneladas entre 11 e 17 de abril. Apesar da leve retração em relação às 554.893 toneladas da semana anterior, os volumes ficaram dentro da faixa esperada pelo mercado, entre 400.000 e 750.000 toneladas, o que amenizou parte da pressão negativa.
Outro ponto de atenção para o mercado foi a previsão de chuvas intensas nas regiões produtoras do cinturão do milho e da soja nos EUA. Caso as condições climáticas persistam e atrapalhem o plantio do milho, produtores podem ser forçados a transferir parte da área destinada ao cereal para a soja, o que traria impacto direto na oferta e nos preços futuros da oleaginosa.