Milho fecha em alta na B3; Chicago recua com cenário negativo
Apesar da alta no dia, os contratos futuros de milho na B3 seguem abaixo de R$ 80,00

Segundo a TF Agroeconômica, os contratos de milho na B3 fecharam a sexta-feira (14) em alta, mas acumularam perdas na semana. O mercado brasileiro se descolou das quedas observadas em Chicago e no dólar, impulsionado pela forte demanda interna e pelo avanço nas exportações. A ANEC revisou para cima sua projeção para março, elevando os embarques de 337,6 mil para 412,7 mil toneladas. Apesar de inferior ao volume exportado em fevereiro (1,29 milhão de toneladas), esse número supera as 140,5 mil toneladas registradas no mesmo período de 2023.
Apesar da alta no dia, os contratos futuros de milho na B3 seguem abaixo de R$ 80,00. O vencimento março/25 fechou a R$ 89,75 (+R$ 0,69 no dia e +R$ 3,65 na semana). O contrato maio/25 encerrou a R$ 79,97 (+R$ 0,24 no dia, mas queda de R$ 1,25 na semana), enquanto julho/25 fechou a R$ 72,43 (+R$ 0,14 no dia e -R$ 1,05 na semana).
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho registrou quedas diárias e semanais, pressionado por um conjunto de fatores negativos. O contrato maio/24 caiu 1,45%, fechando a US$ 458,50/bushel, enquanto julho/24 recuou 1,01%, cotado a US$ 467,50/bushel. O USDA não reduziu os estoques internos como esperado pelo mercado, a Conab aumentou sua projeção de safra no Brasil e há incertezas sobre a produção argentina. Além disso, a guerra tarifária entre EUA e China deve impactar as exportações, enquanto Pequim pode reduzir sua demanda pelo cereal, segundo o USDA.
“O pouco equilíbrio está vindo boa demanda pelo grão americano antes da imposição de tarifas e do aumento de áreas secas antes do começo do plantio do milho nos EUA. Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -2,29% ou $ -10,75 cents/bushel”, conclui.