Milho fecha dia em baixa na Bolsa de Chicago
O movimento de baixa foi influenciado pelo desempenho fraco de Wall Street

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado futuro do milho em Chicago (CBOT) encerrou esta segunda-feira em baixa, pressionado pela instabilidade nos mercados financeiros dos EUA e pela crescente disputa política envolvendo o ex-presidente Donald Trump e o Federal Reserve. O contrato de maio, referência para a safra de verão brasileira, caiu -0,10%, ou -$0,50 cents por bushel, fechando a $481,75. Já o contrato de julho recuou -0,05%, ou -$0,25 cents por bushel, terminando o dia a $490,00.
O movimento de baixa foi influenciado pelo desempenho fraco de Wall Street e pela incerteza em relação à política tarifária dos Estados Unidos, especialmente com os desdobramentos das declarações de Trump sobre comércio internacional. Esse cenário gerou aversão ao risco e impactou diretamente as commodities agrícolas negociadas na bolsa de Chicago.
Apesar das perdas, o mercado encontrou algum suporte na previsão de fortes chuvas nas regiões produtoras do cinturão do milho e da soja nos EUA, o que pode atrasar o plantio e comprometer a produtividade das lavouras. Esse risco climático limitou a intensidade da queda nos preços futuros.
Outro fator que ajudou a conter maiores desvalorizações foi o ritmo de embarques norte-americanos, que continua forte e acima das expectativas do mercado. A demanda internacional, sobretudo da Ásia, tem garantido fluxo constante, sustentando parte da valorização do grão mesmo em meio ao cenário macroeconômico adverso.
A Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) não teve cotações divulgadas, já que era feriado de Tiradentes no Brasil.