Risco alto marca safra de feijão
Segundo o Ibrafe, a agricultura exige planejamento e decisões estratégicas
O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) relata que produtores no Paraná enfrentam dificuldades para colher Feijões devido às chuvas constantes desde setembro. A situação é especialmente crítica para quem plantou Feijões de escurecimento rápido sem câmara fria, enfrentando um risco de fracasso de 80%. Um produtor, pressionado pela alta do dólar e o aumento no custo dos insumos, decidiu vender sua colheita, mas já considera abandonar o cultivo de feijão.
Segundo o Ibrafe, a agricultura exige planejamento e decisões estratégicas. Produtores que apostam em Feijões de escurecimento lento ou possuem câmara fria estão mais preparados para lidar com as adversidades. Aqueles sem essa estrutura precisam aceitar as condições de mercado para evitar prejuízos maiores.
O instituto destaca a importância de conhecer o mercado e agir de forma antecipada. Em vez de seguir a maioria, pode ser mais lucrativo investir em variedades menos populares, como Feijão-rajado ou Feijão-vermelho, que podem oferecer boas margens quando a oferta é limitada. Acompanhar contratos de exportadores e empacotadores também é crucial, pois indicam oportunidades futuras de mercado.
“Por exemplo, se todos estão plantando Feijão-carioca, a estratégia pode ser optar por Feijão-rajado. Se a maioria migra para o Feijão-rajado, pode ser mais interessante plantar Feijão-vermelho. Além disso, é fundamental observar os movimentos dos exportadores, especialmente os contratos firmados para determinadas variedades. Esses contratos indicam oportunidades claras: se exportadores ou empacotadores não estão interessados em uma variedade específica, é provável que a oferta será escassa, o que pode gerar boas margens no futuro”, conclui.