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Minas Gerais registra alta nas exportações do agronegócio

Café, açúcar e carnes impulsionam exportações do agro mineiro



Foto: Pixabay

As exportações do agronegócio de Minas Gerais ultrapassando pela primeira vez o setor de mineração em receita. De janeiro a novembro, as vendas externas do agro mineiro somaram US$ 15,7 bilhões, superando em 3% os US$ 14,5 bilhões arrecadados pela mineração, segundo dados divulgados pelas autoridades estaduais, conforme os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais,

Segundo o informado, com esse desempenho, o agronegócio respondeu por 40,7% do total exportado pelo estado, registrando um crescimento de 19% na receita e 9% no volume em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 16 milhões de toneladas embarcadas, superando o recorde anual anterior, de US$ 15,3 bilhões em 2022, mesmo sem incluir o mês de dezembro. A alta da taxa de câmbio nos últimos meses impulsionou os resultados, consolidando o agro como o principal motor econômico das exportações mineiras.

Café, carne bovina e produtos sucroalcooleiros continuam liderando as vendas internacionais, mas itens como sementes (milho, girassol e rícino), queijos, iogurte, leite condensado, batatas preparadas e produtos exóticos — como água de coco, inhame, azeitonas e cogumelos — mostram a diversificação crescente da pauta exportadora.

A China foi o maior destino das exportações agropecuárias mineiras, com US$ 3,9 bilhões. Em seguida, aparecem Estados Unidos (US$ 1,7 bilhão), Alemanha (US$ 1,3 bilhão), Bélgica (US$ 727 milhões) e Itália (US$ 669 milhões). Ao todo, 169 países importaram produtos do agro mineiro em 2024.

O café manteve-se como carro-chefe das exportações, registrando US$ 7,1 bilhões, um crescimento de 44,6% em relação ao ano passado. Em volume, foram embarcadas 28,4 milhões de sacas, 25% a mais do que em 2023. Principais compradores como Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão ampliaram suas aquisições, garantindo a valorização de 15% no preço da saca em comparação ao ano anterior.

As carnes somaram US$ 1,4 bilhão e 414 mil toneladas, representando 9% do total exportado pelo agro mineiro. A carne bovina liderou com US$ 1 bilhão e 240 mil toneladas, crescendo 20,4% em valor e 26,5% em volume.

A carne suína destacou-se ao registrar o melhor desempenho dos últimos oito anos, atingindo US$ 52,5 milhões e 26,5 mil toneladas. A carne de frango, no entanto, apresentou queda de 20% no valor e 18% no volume, fechando com US$ 269 milhões e 142 mil toneladas embarcadas.

A Filipinas foi um dos mercados que mais cresceu nas compras de carnes mineiras, consolidando-se como parceiro estratégico para os próximos anos.

No complexo soja, composto por grãos, farelo e óleo, a receita caiu 8,4%, impactada pela redução nas compras da China e Tailândia. Mesmo assim, houve alta de 9,5% no volume embarcado, destacando-se o farelo de soja, com aumento de 9% na receita (US$ 230 milhões). As exportações do complexo soja somaram US$ 3,2 bilhões, sendo US$ 2,9 bilhões apenas em grãos.

Já o complexo sucroalcooleiro, impulsionado pelo açúcar, obteve o melhor resultado da história, com receita de US$ 2,3 bilhões e 4,7 milhões de toneladas exportadas — alta de 23,7% no valor e 23,2% no volume. A Indonésia ultrapassou a China como principal mercado, respondendo por 11% das vendas, conforme as informações da Secretaria de Agricultura.

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