Câmbio alto aumenta custo do trigo
Em 2024, o Brasil enfrentou um contexto desafiador para a indústria moageira
O aumento da cotação do dólar tem pressionado diretamente a indústria moageira brasileira, com impactos significativos no preço do trigo e da farinha de trigo. A Associação Brasileira da Indústria do trigo (Abitrigo), representada pelo presidente-executivo, embaixador Rubens Barbosa, alerta que a alta do câmbio e os custos crescentes dos moinhos resultam em um cenário de aumento inevitável no preço da farinha de trigo. Este movimento reflete uma tendência contínua, mesmo que haja uma possível redução na cotação do dólar.
Em 2024, o Brasil enfrentou um contexto desafiador para a indústria moageira, caracterizado pela volatilidade das cotações internacionais e pela redução significativa da produção nacional de trigo, agravada por adversidades climáticas. A escassez de produção interna, somada à valorização do dólar, intensificou a necessidade de importação de trigo, especialmente no Paraná, que, apesar de realizar exportações significativas do Rio Grande do Sul (cerca de 1,5 milhão de toneladas), precisa complementar sua oferta com compras externas.
Com a situação atual, a indústria moageira brasileira, ainda dependente das importações para suprir sua demanda interna, observa uma crescente pressão sobre os custos de produção. Essa pressão sobre os moinhos de trigo já se reflete nas prateleiras, com perspectivas de aumentos nos preços da farinha de trigo, o que afetará diretamente o setor alimentício e a economia como um todo.
Portanto, a combinação de fatores como o câmbio alto, a escassez de produção nacional e as adversidades climáticas projeta um cenário de aumentos nos preços da farinha de trigo, pressionando toda a cadeia produtiva e exigindo uma atenção redobrada por parte dos consumidores e produtores.