Soja inicia semana em baixa em Chicago
Fatores externos também pesaram sobre os preços da soja

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia em baixa, acompanhando o movimento de queda de outras commodities nos Estados Unidos. Segundo informações da TF Agroeconômica, o contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, caiu 1,07%, ou 11,00 cents/bushel, sendo cotado a US$ 1014,00. Já o contrato para julho registrou queda de 1,01%, ou 10,50 cents/bushel, fechando a US$ 1028,25. O farelo de soja recuou 0,69%, enquanto o óleo de soja para maio caiu 2,67%.
A pressão sobre os preços foi impulsionada pelo avanço da colheita da soja no Brasil, que, antes atrasada, agora está adiantada em relação ao ano anterior. Além disso, entrou em vigor a retaliação da China sobre a soja americana, com uma tarifa de 10%, em resposta às taxas de 20% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses. O movimento reforça a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e afeta diretamente o mercado global da oleaginosa.
Fatores externos também pesaram sobre os preços da soja. A tensão no mercado financeiro, impulsionada pela política tarifária do governo Trump, levou a uma queda generalizada nos índices de Wall Street e nas commodities. O Canadá também entrou no centro da disputa comercial, sofrendo novas taxações como resposta a uma decisão anterior do governo canadense de apoiar medidas dos Estados Unidos.
Além disso, cresce o temor de que a guerra tarifária possa levar os EUA a uma recessão, o que impactaria negativamente a demanda por soja e outras commodities agrícolas. Esse cenário contribuiu para o fechamento em baixa da oleaginosa na CBOT, seguindo a tendência de queda dos principais índices acionários americanos.