Ativos e crédito crescem no cooperativismo brasileiro

Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o setor de cooperativismo de crédito segue demonstrando resiliência e expansão. Em 2024, ativos, captações e operações de crédito apresentaram crescimento expressivo, indicando que o modelo cooperativista permanece sólido e relevante no sistema financeiro nacional. O desempenho financeiro do setor chama atenção não apenas pelos números, mas também pelo engajamento dos cooperados e os investimentos em tecnologia e inovação. Em um contexto marcado por transformações digitais, as cooperativas de crédito têm apostado na automatização de processos e uso de inteligência artificial para garantir eficiência, segurança e proximidade com os associados.

Entre as instituições que se destacaram está a cooperativa de crédito Credicitrus, que encerrou o primeiro trimestre de 2024 com R$ 15,8 bilhões em ativos — um avanço de 8,64% em relação ao ano anterior. A instituição também somou R$ 11,3 bilhões em captações, crescimento de 12,85%, e R$ 8,3 bilhões em operações de crédito, alta de 19,21%. O patrimônio líquido ultrapassou R$ 3 bilhões, com aumento de 16,85%.

Esse desempenho também foi reconhecido pela agência internacional Fitch Ratings, que atribuiu nota AA+ (bra), atestando a solidez da instituição. De acordo com a diretoria, a estratégia de crescimento sustentável contribuiu para fortalecer a atuação junto aos mais de 170 mil cooperados.

Outro destaque foi a participação na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária Digital, realizada por meio do aplicativo Sicoob Moob, que registrou a adesão de mais de 65 mil associados, consolidando o engajamento digital no cooperativismo.

No campo social, o Instituto Credicitrus, braço de atuação socioambiental da cooperativa, investiu R$ 11,5 milhões em 40 projetos nas áreas educacional, cultural, ambiental e social, beneficiando mais de 350 mil pessoas. As ações incluem parcerias com a FGV, Sebrae e Empretec, além do apoio a projetos de geração de renda, restauração ambiental e patrocínio cultural como o da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.

Segundo Gledson Viana, gestor do instituto, a atuação busca “construir oportunidades para transformar vidas”, alinhando os investimentos sociais à missão cooperativista.