Goiás avança na colheita e reduz custos da soja em 2025
Óleo de soja impulsiona vendas internas e externas
Foto: USDA
O desempenho da safra 2024/25 da soja no Brasil reforça a previsão de produção recorde para a oleaginosa. De acordo com o boletim Agro em Dados, publicado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, a estimativa nacional chega a 167,3 milhões de toneladas. O volume representa um acréscimo de 1,3 milhão de toneladas em relação ao levantamento anterior.
A colheita avança de forma acelerada nas principais regiões produtoras. Em Goiás, até a semana de 23 de março, 85% da área cultivada já havia sido colhida, superando em 15 pontos percentuais o índice registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), após três ciclos consecutivos de alta nos custos de produção da soja, a temporada atual apresenta uma tendência de queda. O custo total por hectare no estado foi estimado em R$ 5.311,20, o que representa um recuo de 18,2% em relação à safra anterior.
A redução nos gastos com fertilizantes e agrotóxicos tem sido determinante para esse cenário. Conforme a Conab, esses dois insumos representam juntos mais de um terço do custo total, com queda estimada de 25% e 26,9%, respectivamente. “Esse alívio nas despesas, aliado à recuperação nas cotações da oleaginosa, melhora as perspectivas de rentabilidade para o produtor goiano”, afirmou a secretaria no boletim.
Entre as safras 2021/22 e 2024/25, as vendas internas do complexo soja também registraram aumento. A comercialização do farelo subiu 10,8%, chegando a 19,5 milhões de toneladas. No mesmo período, as vendas de óleo de soja cresceram 47,9%, totalizando 9,9 milhões de toneladas. A crescente demanda doméstica contribuiu para sustentar os preços em março.
No mercado externo, o óleo de soja brasileiro teve como principais destinos a Índia e Bangladesh. Em fevereiro, a Índia respondeu por 55,7% das exportações nacionais do produto, com 62,7 mil toneladas embarcadas. O volume representa aumento de mais de nove vezes em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Bangladesh adquiriu 44,1 mil toneladas, o equivalente a 39,3% das exportações.
Goiás seguiu a mesma tendência. As exportações do estado, no mesmo período, tiveram como principais compradores a Índia, com 11,3 mil toneladas, e Bangladesh, com 2,4 mil. Juntos, os dois países representaram 94,1% do total exportado por Goiás.
