Mal das folhas
Queima de folhas (Microcyclus ulei) Culturas Afetadas: Seringueira (Floresta implantada)
Microcyclus ulei é o agente causador do mal das folhas, sendo considerada a principal doença da seringueira. A severidade da doença provocou o abandono de 75.000 ha de seringais implantados na década de 70 e 80 na Amazônia.
Há relatos da presença desse fungo desde a latitude 18° N em El Palmar, no México, até a latitude de 24° S no estado de São Paulo. No Brasil, o fungo ocorre em todas as áreas cultivadas com seringueira, causando prejuízos consideráveis na região Norte, sudeste da Bahia e alguns municípios do Mato Grosso e Espírito Santo.
Esse patógeno afeta apenas espécies do gênero Hevea.
Danos: O sucessivo ciclo do patógeno na cultura da seringueira pode acarretar o secamento dos terminais de hastes e galhos, provocando o que chamamos de morte descendente das plantas.
Lesões levemente escurecidas são observadas na face inferior dos folíolos, onde inicia a infecção do fungo. Posteriormente, é possível observar a esporulação do fungo, apresentando aspecto aveludado e coloração verde-oliva ou cinza-esverdeada. As lesões são responsáveis por deformações e enrugamento do tecido foliar e podem coalescer, levando à queima ou encarquilhamento dos folíolos e, conseqüentemente, a sua queda. A queda do folíolo também acontece quando o fungo incide em folíolos com até 10 a 12 dias de idade. Ocorrendo infecção em folíolos velhos (após 12 dias de idade), observa-se a formação de estromas negros, com textura rugosa e áspera, dando o aspecto de lixa.
Controle: É muito difícil conseguir clones aliando resistência horizontal com produtividade, e devido a este problema tem-se utilizado a enxertia de copa resistente sobre clone de alta produção.
Existem áreas consideradas de escape, onde as condições ambientais são desfavoráveis à doença, são elas: estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.