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Lixa pequena

lixa das folhas (Phyllachora torrendiella) Culturas Afetadas:

A lixa pequena, também chamada lixa das folhas, foi assinalada pela primeira vez em Pernambuco em 1945 e forma um complexo com a lixa grande (causada pelo fungo

Sphaerodothis acrocomiae), conhecido como verrugose das folhas. As lixas só existem no Brasil, sendo todas as variedades e híbridos cultivados suscetíveis em diferentes graus. Estas doenças ocorrem de forma generalizada desde o Estado do Pará até o Rio de Janeiro e têm sua importância elevada quando associadas à queima das folhas, causada pelo fungo Botryosphaeria cocogena (Lasiodiplodia theobromae). A lixa pequena é mais prejudicial, por causar seca e queda das folhas inferiores, impossibilitando a sustentação dos frutos e reduzindo a produção. Em Pernambuco, Pará, Alagoas e Bahia é considerada a doença mais importante da cultura.

Danos: Os sintomas são observados sobre folíolos, raques, pedúnculos florais e frutos, Nos folíolos, as manchas podem ocorrer em ambas as faces, sendo inicialmente amareladas e posteriormente necróticas, de forma elíptica a losângica. Estas manchas crescem e coalescem, causando a queima dos folíolos. Os sinais da doença são pequenas verrugas formadas por intumescências estromática de coloração negra, carbonáceas, ásperas, visíveis a olho nu, as quais são responsáveis pelo nome comum da doença. Estes estromas podem estar isolados, em linha ou formando losangos nas superfícies das lesões. Na raque, pedúnculo floral e frutos, as lesões são mais circunscritas e também apresentam os sinais estromáticos.

À medida que a doença progride, as folhas inferiores, responsáveis pela nutrição e suporte dos cachos, amarelecem e secam, tombando sobre o estipe ou caindo prematuramente, o que retarda o amadurecimento normal dos frutos, que caem aos solos ainda imaturos, prejudicando a produção. Tanto no coqueiro jovem como no adulto, a morte das folhas inferiores, juntamente com a diminuição da área fotossintética da planta, causa o abortamento dos frutos. Nas regiões onde a lixa pequena ocorre com alta incidência, cerca de 50% das folhas podem apresentar sintomas.

Controle: Deve-se realizar o corte e a queima das folhas muito infectadas reduz a quantidade de mácula. Quando possível, indica-se o corte parcial de folhas parcialmente infectadas. Também são recomendados a roça, coroamento e calagem do solo, bem como adubação e plantio de leguminosas entre os coqueiros para permitir a fixação de nitrogênio.

 Vários trabalhos de pesquisa têm sido realizados para possibilitar o controle químico deste patógeno, mas a utilização desta técnica em grandes culturas é considerada inviável devido ao tamanho das plantas. Porém, para coqueiros jovens, o controle químico pode ser feito preventivamente com fungicidas protetores.

O biocontrole tem despertado interesse, principalmente com o uso dos fungos hiperparasitas Acremonium alternatum e A. persicinum, bem como Septofiisidium elegantulum.  

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