Ferrugem da folha
(Puccinia recondita f.sp. tritici) Culturas Afetadas: Trigo
Sinônimos: Puccinia recondita e Puccinia triticina
A ferrugem da folha do trigo é a doença mais comum desta cultura. As perdas em rendimento de grãos podem chegar a 50%.
Danos: Esta doença manifesta-se desde o surgimento das primeiras folhas até a maturação da planta. Inicialmente, surgem pequenos urédios arredondados, amarelo-alaranjados, dispostos sem ordenação, de preferência localizados na face superior das folhas, estendendo-se às bainhas. A estas pústulas, com cerca de 1,5 mm de diâmetro, sucedem as pústulas teliais, pretas e ovais. Estas frutificações ficam sempre recobertas pela epiderme até o final do ciclo da planta.
O patógeno sobrevive no verão-outono parasitando plantas de trigo voluntárias que se constituem na principal fonte de inóculo primário no Brasil. As condições ambientais para o desenvolvimento da doença são temperatura média de 20ºC e mais de 6 horas de molhamento foliar contínuo.
Controle: A medida preferencial de controle da ferrugem da folha é a resistência genética. O gene Lr19, por exemplo, presente em Agatha e CI 14048, condiciona resistência a todas as raças de P. recondita f. sp. tritici ocorrentes no Brasil. Outra medida de controle é a redução do inóculo primário através da eliminação das plantas voluntárias no início de seu desenvolvimento. A disponibilidade de fungicidas sistêmicos do grupo químico dos triazóis oferece medida segura de controle nos cultivares suscetíveis.