Cercosporiose
(Cercospora zeae-maydis) Culturas Afetadas: Milho
A doença foi observada inicialmente no Sudoeste do estado de Goiás em Rio Verde, Jataí e Santa Helena, no ano de 2000. Atualmente a doença está presente em praticamente todas as áreas de plantio de milho no Centro Sul do Brasil. A doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, podendo as perdas serem superiores a 80%.
Danos: Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, retangulares a irregulares com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos da doença. A disseminação ocorre através de esporos e restos de cultura levados pelo vento e respingos de chuva. Os restos de cultura são, portanto, fonte local e fonte para outra áreas.
Controle: Plantio de cultivares resistentes. Evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta severidade, para reduzir o potencial de inóculo. Realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis. Para evitar o aumento do potencial de inóculo da Cercospora zeae-maydis deve-se evitar o plantio de milho após milho. Plantar cultivares diferentes em uma mesma área e em cada época de plantio.
Realizar adubações de acordo com as recomendações técnica para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho, favoráveis ao desenvolvimento deste patógeno, principalmente a relação nitrogênio/potássio. Para que essas medidas sejam eficientes recomenda-se a sua aplicação regional (em macroregiões) para evitar que a doença volte a se manifestar a partir de inóculo trazido pelo vento de lavouras vizinhas infectadas.
A aplicação de fungicidas para tratamento da cultura deve ser realizada conforme orientação técnica.