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Aruá

(Pomacea canaliculata) Culturas Afetadas:

Pomacea canaliculata é um caramujo operculado de cor escura e com quatro longos filamentos que saem da cabeça. A concha é globosa, dura, de coloração marrom-esverdeada, com faixas escuras em espiral. No ambiente natural esta coloração da concha nem sempre é perceptível devido ao acúmulo de barro e limo. A partir de 2,5cm de comprimento o aruá torna-se apto a reprodução, sendo então considerado adulto. Contudo, o crescimento não cessa e com três anos de idade os indivíduos podem atingir de 7 a 8cm ou mais de comprimento. O crescimento porém, ocorre em etapas alternadas com os períodos de reprodução. Ao contrário de outras espécies, o aruá não é hermafrodita, embora não haja distinção morfológica externa entre os sexos. A fecundidade é alta, com média de 4.500 ovos/fêmea e máximo de mais de 10.000 ovos/fêmea.

 

Danos

 

A chegada de caramujos na lavoura se inicia com a inundação das quadras, principalmente quando a irrigação é por gravidade, partindo de reservatórios infestados; ou então quando há uma população residente na área, em função da presença de regatos ou riachos. É comum haver concentração de indivíduos nas passagens de água de uma quadra para outra, sendo estes bons locais para a constatação da infestação. Os caramujos podem depois permanecer na lavoura por toda a safra, porém só vão causar danos nas primeiras semanas após a semeadura. Áreas infestadas pelo caramujo também podem ser identificadas quando surgem posturas nas plantas que ficam nas margens das quadras ou de canais de irrigação ou drenagem.

Lavouras que ficam plenamente drenadas no período de entressafra e que não são cortadas por cursos d'água perenes, são menos sujeitas à infestação pelo caramujo-grande. Nestas lavouras, e nas outras também, pode haver infestação pelos caramujos pequeno e chato, com prejuízo ao arroz dependendo da quantidade de indivíduos. O ataque do caramujo-grande em lavouras de arroz ocorre em reboleiras, que normalmente coincidem com os pontos de maior fluxo de entrada de água de irrigação. Nestes locais os caramujos, principalmente os maiores, consomem as folhas do arroz, inclusive arrancando as plantas pequenas. Disto resulta falhas de estande ou mesmo áreas sem plantas, onde depois proliferam as plantas daninhas, principalmente o chapéu-de-couro ou sagitária.

Os caramujos pequeno e chato não tem o arroz como um hospedeiro preferencial. Estes caramujos mormente se alimentam de algas e raramente consomem plantas de terra firme. Apenas nos surtos populacionais e quando falta alimento, é que os indivíduos buscarão outras fontes alimentares. Assim, o dano mais comum que estes caramujos podem causar nas lavouras de arroz irrigado é o tombamento de plantinhas recém emergidas da água. Isto ocorre pelo hábito destes caramujos ancorarem-se num talo que saia da água. Em função do peso do caramujo a plantinha tomba e como ainda não está fortemente enraizada, acaba boiando na água.

 

Controle

 

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Fotos

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