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Veto da China às exportações de soja causa protesto nos EUA



O governo George Bush requisitou à China o fim da proibição às importações de soja da Cargill e de outras exportadores, ao informar que a medida é "inaceitável". Allen Johnson, assistente do representante americano do Comércio, disse que "estamos muito surpresos com a medida tomada pela China. As autoridades chinesas precisam resolver o problema rapidamente, sem afetar o mercado".

A China, maior importadora mundial de soja, impediu a Cargill, a Bunge, a unidade Toepfer International da Archer Daniels Midland (ADM), e outras empresas, de fornecer soja das Américas.

A proibição pode impedir que as importações do país em 2003 alcancem as estimativas de 18 milhões de toneladas, ou US$ 3,5 bilhões, e segue-se a atraso no fornecimento de permissões, que está deixando muitos navios atracados, à espera de descarregar os grãos.

O departamento de inspeção de qualidade da China revogou as licenças de importação, porque encontrou muitas impurezas nos carregamentos, segundo informou o Departamento Estatal de Grãos do país. Os Estados Unidos, que produziram US$ 14,8 bilhões de soja no ano passado, são o maior exportador da commodity para a China, seguido pelo Brasil e a Argentina.

A declaração do governo americano foi primeiramente divulgada na sexta-feira. Uma porta-voz do departamento do Comércio do país referiu-se no documento a todos os problemas suscitados pela proibição, oficialmente anunciada ontem.

Nos últimos meses, Johnson foi à China para obter a prorrogação de uma decisão governamental que permite importar soja transgênica. As importações de soja da China nos primeiros seis meses de 2002 recuaram 35%, em relação ao mesmo período do ano anterior, devido à preocupação de que a soja Roundup Ready, da Monsanto, a mais plantada nos EUA, não teria sua importação aprovada ao chegar ao território chinês. Os produtores agrícolas norte-americanos se queixaram que as restrições sobre a soja geneticamente modificada era, na verdade, uma maneira da China controlar as importações e proteger os produtores locais.

Os EUA já organizaram uma equipe de funcionários para viajar à China esta semana, a fim de discutir assuntos técnicos sobre o comércio da soja. "Essa medida levanta problemas que, pensávamos, seriam resolvidos, no setor agrícola de nossos dois países", disse Johnson.

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