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Vacinação contra aftosa no Vale do Juruá termina no dia 30

Vale do Juruá produz a carne que consome e não se tem notícia da doença na região


Iniciada no dia 1º de novembro, prossegue em ritmo acelerado a vacinação do gado bovino no Vale do Juruá. Segundo o veterinário João Nascimento Ferreira, servidor do Instituto de Desenvolvimento Agroflorestal (Idaf), até o dia 30 deste mês os criadores poderão comprar a vacina no comércio local sem autorização e até o dia 15 de dezembro já deverão ter feito a declaração de que vacinaram o rebanho.

O rebanho bovino dos cinco municípios do Vale do Juruá ultrapassa as 80 mil cabeças e metade dele está localizada em Cruzeiro do Sul. No ano passado o índice de vacinação ultrapassou os 80% do rebanho e neste ano a pretensão é melhorar o índice. Segundo Nascimento, a campanha acontece em nível nacional e é coordenada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Idaf cuida de repassar os dados de todas as propriedades para o MAPA, que volta e meio manda um técnico para fiscalizar.

Nascimento conta que mora há 23 anos no Vale do Juruá e em todo esse tempo nunca tomou conhecimento de que tenha havido um caso de febre aftosa nos rebanhos da região. Mesmo assim ele considera de suma importância que se continue insistindo na vacinação, pois o Acre faz fronteira com a Bolívia, o Peru e o Estado do Amazonas, que ainda estão em zona de risco para aftosa. O município amazonense de Guajará, situado a 16 quilômetros de Cruzeiro do Sul, diferentemente de outros municípios como Ipixuna, situado no Baixo Juruá, tem o mesmo status que o Acre no que toca à aftosa, ou seja, é "zona livre de aftosa com vacinação". Nascimento conta que existe uma parceria entre o Idaf e seu similar amazonense, o Idam, em relação a Guajará de assistência mútua, e uma das principais medidas em conjunto é não permitir às propriedades o duplo cadastramento.

O rebanho bovino no Juruá é quase todo de gado de corte, sendo a raça nelore a preferida dos criadores. Embora seja fundamental para garantir exportação de carne bovina, o status "livre de aftosa", no caso do Juruá, serve para garantir à população que está consumindo carne de boa qualidade, pois toda a produção é consumida mesmo na região.

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