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USDA aumenta estoques e reduz projeção de consumo de trigo

Exportações mundiais também foram reduzidas



O relatório de oferta e demanda mundial e dos Estados Unidos divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) na última terça-feira (11.04) corrigiu os dados da safra anterior 2015/16, contribuindo para elevar os estoques da safra atual. Também influenciou a redução do consumo da safra 2016/17, aponta a Consultoria Trigo & Farinhas.

Os estoques finais da safra 2016/17 foram elevados em 2,32 milhões de toneladas, com a redução da demanda de rações e do residual da safra, que mais do que compensaram a redução das importações. “Se confirmados no final do período (o ano comercial americano acaba em 30 de maio, daqui a 45 dias), serão os mais altos dos últimos 30 anos”, projeta a T&F.

O consumo de rações diminuiu 950 mil toneladas para 5,17 milhões de tons em todo o mundo, refletindo um consumo menor do que o esperado no período Dezembro-Fevereiro e Setembro-Novembro, como indicado no relatório de 01 de Março, que também revisou os estoques de 01 de dezembro em 31 de março passado.

“As mudanças dos dados de importação estão baseadas no ritmo atualizado das reduções para os trigos soft, hard e durum. A disponibilidade global para 2016/17 aumentou 1,7 milhão de toneladas devido ao aumento da projeção dos estoques iniciais e ao aumento de 300 mil toneladas na produção mundial. A alteração dos estoques iniciais ocorreu devido à redução no consumo doméstico de 2015/16, principalmente na União Europeia”, comenta o analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco.

As exportações mundiais também foram reduzidas em 300 mil toneladas, resultado da redução de 500 mil tons/cada da Austrália, Canadá, Casaquistão e Rússia, parcialmente compensadas pelos aumentos da União Europeia e da Ucrânia. O total do consumo global para 2016/17 foi reduzido em 600 mil toneladas para 740,8 milhões de tons com a redução de 1,0 MT nos EUA, compensado com o pequeno aumento nos demais países.

Com uma disponibilidade aumentando e o consumo caindo, os estoques finais globais aumentaram 2,3 milhões de toneladas, para 252,3 milhões de tons.

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