Ultrassom de carcaça avalia potencial do gado
Avaliação de desempenho é rigorosa e eleva padrão da carne
No cenário bucólico, de paisagens rurais, do Sul de Minas Gerais, está uma das maiores referências quando o assunto é carne de qualidade. Na Casa Branca Agropastoril pesquisa e inovação trabalham com Angus, Brahman e Simental. As três raças são conhecidas por características diferenciadas na produção de carne.
São 250 touros e 150 fêmeas. Já são duas décadas de trabalho com a proposta de colocar no mercado animais férteis, produtivos, precoces e funcionais, que multiplicam resultados em diferentes regiões do Brasil e até de países latino-americanos. O trabalho começa ainda na fase embrionária quando é avaliada a nutrição fetal e é feito o suprimento de alimentos se necessário
Os bezerros crescem rápido e chegam ao abate e menos tempo mas isso deve-se a um rígido controle logo após o desmame. Dois meses após eles começam a passar por testes de desempenho em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). As provas duram um período de 90 dias. Nesta fase todos os animais recebem exatamente o mesmo tratamento nutricional, medicamentos, vacinas e ficam no mesmo ambiente, justamente para observar aqueles que se destacam de acordo com o desempenho, em uma avaliação precoce e quais fazem a conversão alimentar de forma mais efiiente.
Em Angus e Simental é avaliada a adaptabilidade, por se tratarem de raças européias. No final da prova é realizada uma ultrassonografia de carcaça que avalia diversos aspectos, de acordo com as características de cada raça. “Observamos aprumo, estrutura, musculosidade, potencial da raça e reprodução”, destaca o professor Jaime Tarouco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Fomos até a Casa Branca Agropastoril conhecer de perto o trabalho e as vantagens na obtenção da carne nas três raças. Confira no quarto episódio da série "Pecurária 4.0: o caminho do boi brasileiro".