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UE começa a rotular transgênicos


Ainda neste ano, todos os alimentos com mais de 0,9% de conteúdo transgênico na Europa terão de conter o seguinte rótulo: 'Este produto foi produzido a partir de Organismos Geneticamente Modificados'. Foi a saída encontrada pelo Parlamento Europeu para autorizar o plantio e a comercialização de novas variedades transgênicas no continente, após cinco anos de moratória. O mesmo caminho pode ser seguido por outros países, como o Brasil, que buscam uma solução política para a polêmica dos OGMs.

'Embora não exista nenhum risco associado ao consumo de transgênicos, acredito que a rotulagem seja uma decisão estratégica no momento para o Brasil', diz o especialista em biossegurança Aluízio Borem, da Universidade Federal de Viçosa. Do ponto de vista da segurança alimentar, não há necessidade de rotular, pois não há nada para alertar o consumidor que possa fazer mal a saúde. No estágio atual, entretanto, não há como discutir isso', concorda o farmacêutico e bioquímico Franco Lajolo, do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo. 'Os transgênicos foram cercados de tal suspeita que, apesar de não haver nenhuma prova de efeitos nocivos, a rotulagem pode ser a única saída para sua aprovação.' Com o tempo, acredita Borem, as pessoas aprenderão que a modificação genética não oferece risco e a rotulagem, eventualmente, poderá ser revista. 'É uma ciência segura, desenvolvida ao longo de 20 anos de pesquisa.' O especialista ressalta, porém, que a avaliação precisa ser realizada caso a caso, à medida em que novos produtos são desenvolvidos.

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