Ucrânia exporta grãos através de portos croatas
Isso ocorreu depois do acordo ser encerrado
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Com o fim da Iniciativa de Grãos do Mar Negro, os portos marítimos croatas tornaram-se uma saída para os embarques de grãos ucranianos em meio à guerra com a Rússia, informou a Reuters, citando um alto funcionário ucraniano. A Ucrânia tem procurado expandir as suas rotas de exportação disponíveis desde que a Rússia abandonou o acordo de cereais em Julho, engarrafando novamente os portos do Mar Negro e atacando repetidamente a infra-estrutura de cereais da Ucrânia, incluindo ao longo do rio Danúbio.
Originalmente mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas após a invasão da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022, o acordo de cereais permitiu a passagem segura de 33 milhões de toneladas de cereais através do Mar Negro. Durante uma visita a Zagreb no final de Julho, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que a Ucrânia e a Croácia concordaram com a possibilidade de utilizar os portos croatas no Danúbio e no Mar Adriático para a exportação de cereais ucranianos.
“Os grãos ucranianos já foram exportados através dos portos croatas”, disse a primeira vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko. “Estamos gratos por esta possibilidade. Embora seja uma rota comercial de nicho, já é popular. Estamos prontos para desenvolvê-lo ampliando as capacidades do corredor de transporte. Acreditamos que esta rota logística desempenhará um papel importante no comércio bilateral entre os nossos países, mesmo depois da guerra.”
Svyrydenko não disse quantos grãos ucranianos já foram embarcados através dos portos croatas. A Associação Ucraniana de Grãos (UGA) disse esta semana que a colheita combinada de grãos e oleaginosas de 2023 poderia atingir 80,5 milhões de toneladas, com cerca de 49 milhões de toneladas disponíveis para a temporada de exportação de 2023-24 de julho a junho. O Ministério da Agricultura disse este mês que as exportações totalizaram 4,5 milhões de toneladas em 1º de setembro. A Ucrânia está entre os principais fornecedores mundiais de trigo, milho e óleo de girassol.
