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Trump anuncia novas tarifas recíprocas: Entenda

A decisão de Trump ocorre em um momento de crescente tensão comercial



A decisão de Trump ocorre em um momento de crescente tensão comercial A decisão de Trump ocorre em um momento de crescente tensão comercial - Foto: Pixabay

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando nesta quinta-feira (13) determinando a aplicação de tarifas recíprocas contra países que impõem barreiras ao comércio americano. A medida, chamada de "Plano Justo e Recíproco", visa corrigir déficits comerciais e garantir igualdade nas trocas internacionais. Entre os exemplos citados pelo governo americano está o etanol brasileiro, que paga uma tarifa de apenas 2,5% nos EUA, enquanto o Brasil impõe uma taxa de 18% sobre o etanol americano.  

Além do Brasil, Trump mencionou o grupo BRICS, ameaçando impor tarifas de no mínimo 100% caso os países “brinquem com o dólar”, em resposta à tentativa do bloco de reduzir a dependência da moeda americana. A União Europeia também foi criticada por suas tarifas sobre veículos e barreiras à importação de mariscos de 48 estados americanos. Apesar do anúncio, as tarifas não entram em vigor imediatamente, pois ainda estão em análise pela equipe de comércio do governo.  

A decisão de Trump ocorre em um momento de crescente tensão comercial, com tarifas já aplicadas sobre aço e alumínio importados e ameaças de taxação sobre setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. A União Europeia e a China já retaliaram medidas semelhantes no passado, elevando o risco de uma guerra comercial global. Economistas alertam que as novas tarifas podem aumentar a inflação nos EUA, dificultando a ação do Federal Reserve e impactando os mercados internacionais, incluindo o Brasil.  

Para o Brasil, a escalada dos EUA pode ter efeitos diretos, já que produtos como aço, alumínio e etanol enfrentam possíveis aumentos tarifários. Além disso, uma valorização do dólar pode atrair investidores para os títulos americanos, reduzindo o fluxo de capital para mercados emergentes e pressionando o Banco Central brasileiro a ajustar a taxa Selic. Caso as tarifas contra a China se intensifiquem, o Brasil pode se beneficiar da busca chinesa por novos mercados, mas também enfrentará maior concorrência de produtos manufaturados asiáticos.
 

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