Trigo recua nos EUA e Rússia aumenta tarifas
Rússia anunciou um aumento de 41% na sua tarifa de exportação
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As cotações do trigo no mercado de Chicago registraram queda nesta semana, segundo dados divulgados na análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o bushel do cereal, cotado para o primeiro mês, fechou a quinta-feira (17) a US$ 5,89, após atingir US$ 5,79 no dia 15, a menor cotação desde 24 de setembro.
Conforme análise, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 11 de outubro, trouxe atualizações para o mercado global de trigo no ciclo comercial 2024/25. A produção mundial foi levemente reduzida para 794,1 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais subiram para 257,7 milhões de toneladas. Nos EUA, a produção foi ajustada para 53,6 milhões de toneladas, com estoques finais de 22,1 milhões.
O Brasil e a Argentina, segundo o relatório, terão produções estimadas em 9 e 18 milhões de toneladas, respectivamente. As importações brasileiras de trigo devem subir para 6 milhões de toneladas, enquanto as exportações estão projetadas em 3 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, o plantio do trigo de inverno atingiu 64% da área esperada até o dia 13 de outubro, ligeiramente abaixo da média histórica de 66%. O USDA também informou que 35% do trigo semeado já havia germinado, contra 38% do histórico.
Já no cenário internacional, a Rússia anunciou um aumento de 41% na sua tarifa de exportação de trigo, que agora se estabelece em US$ 19,51 por tonelada desde o dia 16 de outubro. Além disso, o governo russo pressiona seus produtores a não venderem o trigo a menos de US$ 250 por tonelada FOB. Enquanto isso, na Índia, o governo local elevou o preço oficial de compra do trigo em 6,6%, com o valor chegando a US$ 28,88 por saco de 100 quilos para 2025, o que equivale a R$ 98,08 por saco de 60 quilos.
