Trigo despenca com mais grãos disponíveis: E AGORA?
Próximas duas semanas serão momento de comprar?
Os preços futuros do trigo teve mais um dia de forte queda, sendo arrastado para baixo pelo risco principal e pelo mercado mais fraco na Europa. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, mais navios estão programados para movimentar grãos dos portos ucranianos.
“Os EUA, por meio de seu programa USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), se comprometeram a gastar 68 milhões de dólares para garantir e enviar, e possivelmente armazenar, cerca de 150 milhões de toneladas de trigo ucraniano. O corredor de exportação da Ucrânia está ganhando força e a participação da ONU e EUA está trabalhando para fornecer confiança em relação a futuras compras privadas”, apontam os analistas de mercado.
A AgResource continua “não aconselhando a perseguição de movimentos diários, mas insiste aos usuários finais a usarem a fraqueza sazonal de curto prazo para se posicionarem compras nas próximas 2 a 3 semanas. A excursão agrícola da AgResource até agora encontrou um excelente potencial ao norte de Illinois e leste de Iowa, mas os problemas de polinização aumentam à medida que se viaja para o oeste”.
De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, a boa movimentação de navios em portos ucranianos no Mar Negro também pesou sobre as cotações. Além disso, o mercado foi pressionado em parte por uma maior estimativa para a safra da Rússia, a qual a consultoria SovEcon elevou sua projeção de 90,9 milhões para um recorde de 94,7 milhões de toneladas.
“O rendimento médio atual do trigo é recorde de 4,4 toneladas por hectare, de 48% da área colhida”, disse o diretor da SovEcon, Andrey Sizov. No entanto, ele ressaltou que as exportações russas continuam muito lentas, com expectativa de 5,8 milhões de toneladas no período julho-agosto, queda de 28% na comparação anual.
A Consultoria TF Agroeconômica observa que o aprofundamento das perdas acontece em um contexto de perspectivas de aumento dos embarques de trigo da Ucrânia. “As amplas projeções de produção na Rússia operaram na mesma direção. Um dólar firme em relação a outras moedas tornou o trigo americano menos atraente”, afirmam.