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Trigo: Brasil inicia plantio da safrinha com preços em alta

Os preços do trigo no Brasil mantiveram a tendência de alta



Foto: Pixabay

Os preços do trigo no Brasil mantiveram a tendência de alta no início de março, impulsionados pela demanda firme e pela oferta ajustada. A média no Rio Grande do Sul fechou em R$ 69,36/saca, enquanto no Paraná o valor alcançou R$ 77,00/saca, refletindo a menor disponibilidade do cereal de qualidade superior. No mercado internacional, as cotações em Chicago também registraram quedas. O contrato para o primeiro mês caiu para US$ 5,18/bushel no dia 4 de março, o menor nível desde agosto de 2024, recuperando-se ligeiramente para US$ 5,37 no fechamento do dia 6.

Nos Estados Unidos, as exportações de trigo atingiram 389.593 toneladas na semana encerrada em 27 de fevereiro, dentro das expectativas do mercado. No acumulado da temporada, o volume embarcado chega a 15,6 milhões de toneladas, 20% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Na China, a produção de trigo deve ser elevada neste ano, reduzindo a necessidade de importações. O país asiático colheu 140,1 milhões de toneladas no ano passado e tem estoques elevados, o que pode impactar a demanda global. Além disso, a recente retaliação chinesa contra as tarifas dos EUA inclui novos impostos sobre produtos agrícolas, adicionando mais incerteza ao comércio internacional do cereal.

No Brasil, os produtores se preparam para o início do plantio da safra de trigo de sequeiro no Cerrado, que ocorre logo após a colheita da soja. Essa modalidade vem ganhando espaço, com estimativa de aumento de 5% a 10% na área cultivada em relação ao ano passado, podendo alcançar até 250 mil hectares. Goiás deve liderar essa expansão, com crescimento de até 15%.

A Conab projeta uma área total de 3 milhões de hectares para a safra 2025, com produção estimada em 9,1 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem como os principais estados produtores, respondendo por 81% da oferta nacional. A colheita da safra de sequeiro será realizada entre junho e julho, garantindo grãos de alta qualidade e livres de micotoxinas, como a giberela, que afeta lavouras do Sul em anos chuvosos.

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