Tendências do mercado de soja: Recomendações
Por outro lado, fatores de baixa também influenciam o mercado
Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de soja apresenta uma tendência baixista no médio e longo prazos, com fundamentos baseados no equilíbrio de oferta e demanda. No curto prazo, no entanto, há sinais gráficos de uma leve alta, representando uma oportunidade para os agricultores fixarem seus preços antes de quedas adicionais. Desde o ano passado, a consultoria tem recomendado essa estratégia de antecipação, destacando os ganhos significativos que poderiam ter sido obtidos com sua aplicação.
Entre os fatores de alta identificados, destacam-se o bom desempenho das exportações dos Estados Unidos. O USDA relatou vendas de 2,49 milhões de toneladas de soja americana na semana de 15 a 21 de novembro, superando expectativas de mercado e o volume da semana anterior. Adicionalmente, duas novas vendas de grandes volumes foram confirmadas para destinos desconhecidos. No Brasil, a demanda crescente por óleo de soja, impulsionada pelo programa B15 de biocombustíveis, tem sustentado os preços internos, que subiram 2,2% em 2024, em contraste com a queda de 23,6% nas cotações em Chicago.
Por outro lado, fatores de baixa também influenciam o mercado. A forte desvalorização do real frente ao dólar, que ultrapassou os R$ 6, favorece as exportações brasileiras, mas também incentiva os produtores a comercializarem para obter mais reais por seus grãos. Além disso, as boas condições climáticas na América do Sul contribuem para projeções otimistas de produção. A Agroconsult prevê um recorde histórico de 172,2 milhões de toneladas na safra 2024/2025, superando as estimativas da Conab e do USDA para o Brasil.
Com base nesses fatores, a recomendação para os agricultores é aproveitar o curto prazo para fixar preços, evitando perdas potenciais em um cenário de longo prazo marcado por uma oferta crescente e pressões de mercado.