Tendência de taxa de juros para 11,75%

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

Atuar as informações sobre o andamento da macroeconomia faz parte do hábito dos investidores. A publicação semanal do Boletim Focus pelo Banco Central do Brasil (BCB) constitui importante fonte de dados para ser consultado. As estatísticas são formuladas a partir dos números colhidos junto aos agentes do mercado financeiro. A seguir são exibidos os números desta segunda-feira.
 
A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) permanece igual ao da semana anterior pela segunda vez consecutiva. O número satisfaz (2,89%), quando se toma para comparação com outros países. O setor da agropecuária, com safra recorde de grãos, contribuiu sobremaneira para a obtenção desse resultado positivo. Essa conjuntura não se deverá repetir. O governo mostra preocupação com relação ao comportamento da economia em 2024.

Com seis vezes em seguida, o Boletim revalida a estimativa de diminuição na taxa de inflação, desta feita, de 4,63% para 4,59%, ou seja, de -0,4%. O resultado corresponde de maneira positiva. O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) atende a meta fixada para o ano, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5% para cima (4,75%) e para baixo (3,25%). Durante os dois anos anteriores, de 2021 e 2022, isso não ocorreu.

De sequência firme para encerrar 2023, a taxa de juros emplaca certo em 11,75%.  A repetição desse valor acontece desde 11/08, com repetição de 14 vezes. O Plano traçado pelo BC foi de depreciar a taxa Selic em 0,5%, em cada uma das quatro reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM): da 256 º a 259º. Até agora, tudo sucedeu de forma normal, para baixar a Selic de 13,75% para 11,75%.