Tem menos trigo no mercado, que segue aquecido
O consumo mundial aumentou 3,3 milhões de toneladas
As atualizações das perspectivas globais de trigo para 2023/24 reduziram a oferta, aumentaram o consumo, reduziram as exportações e diminuiram os estoques em comparação com o mês passado. Esse é o balanço do relatório WASDE divulgado na quarta-feira, 12 de Julho, pelo USDA.
“Os suprimentos foram reduzidos em 0,9 milhão de toneladas, para 1.066,0 milhões, uma vez que a menor produção global foi parcialmente compensada por estoques iniciais maiores. A produção foi reduzida principalmente para a UE, Argentina e Canadá e foi apenas parcialmente compensada por aumentos nos Estados Unidos e no Paquistão”, observa a Consultoria TF Agroeconômica.
A produção da UE, apontam, caiu 2,5 milhões de toneladas para 138,0 milhões, já que o tempo seco contínuo diminui as perspectivas de rendimento principalmente na Alemanha, Espanha, França e Itália. A previsão para a produção de trigo da Argentina foi reduzida em 2,0 milhões de toneladas para 17,5 milhões com base na revisão estimativas governamentais de área plantada.
As condições de seca em partes de Alberta e Saskatchewan reduzem a produção do Canadá em 2,0 milhões de toneladas, para 35,0 milhões. Comércio global projeta queda de 1,0 milhão de toneladas para 211,6 milhões, já que as menores exportações da Argentina e do Canadá foram apenas parcialmente compensadas por mais exportações da Rússia.
“O consumo mundial aumentou 3,3 milhões de toneladas para 799,5 milhões, principalmente devido ao aumento por ração e uso residual na China, onde as chuvas na colheita, especialmente na província de Henan, degradaram a qualidade do trigo para uso alimentar. Os estoques mundiais projetados para 2023/24 foram reduzidos em 4,2 milhões de toneladas para 266,5 milhões e seria o quarto declínio anual consecutivo”, conclui a TF.