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Tecnologias garantem café de qualidade

Torrador portátil e painel para colheita melhoram bebida ao consumidor



Foto: Pixabay

O cafezinho de cada dia do brasileiro atingiu o segundo consumo maior da história do país em 2020. Segundo a Associação Brasileira de Café (ABIC) o consumo interno foi de 21,2 milhões de sacas entre novembro de 2019 e outubro de 2020, o que representa uma alta de 1,34% em relação ao período anterior. Neste 14 de abril, Dia Mundial do Café, os números revelam a importância da bebida, tanto para a mesa dos brasileiros quanto para a indústria nacional.

Tecnologias brasileiras vem auxiliando em uma melhor qualidade da bebida para o consumidor nacional. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) investiu em dois projetos que trazem grãos de qualidade para a indústria brasileira.

Um deles é o projeto da empresa Carmomaq, que desenvolveu um torrador de grãos com o padrão de qualidade das máquinas industriais, de fácil manuseio, com baixo custo energético e financeiro para ser utilizado em casas ou cafeterias. O projeto recebeu cerca de 20 mil reais de investimento da Embrapii e foi elaborado em oito meses pelos profissionais do Polo Agroindústria do Café do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas).

Atualmente, muitos dos torradores que existem no mercado são grandes máquinas a gás que operam em alta potência gerando gasto elevado, além da necessidade de profissionais capacitados para fazer as torras. Com a nova tecnologia, será possível atingir os níveis de exatidão de temperatura e fluxo de ar, essenciais para torra de cafés especiais, mas com baixo consumo elétrico e de fácil utilização.

De acordo com Leandro Carlos Paiva, diretor do Polo Agroindústria do Café do IF Sul de Minas, a tecnologia é inovadora para o mercado cafeeiro. "Com a possibilidade de fazer perfis de torra, é possível elaborar diferentes notas sensoriais para o café por meio da torra". O torrador já está disponível para comercialização.

Outra tecnologia é o painel para colheita seletiva de café. O sistema compreende em um painel acoplado em diferentes máquinas de colheita de café ou outros grãos. Por meio de vibrações ele promove uma seleção de grãos de forma qualitativa, levando em conta aqueles que estão mais maduros. Dessa maneira, é possível colher os melhores grãos para compor, principalmente, cafés especiais.

A tecnologia está em base de aperfeiçoamento e levou cerca de 10 meses para ser elaborada. O projeto recebeu um investimento de 100 mil reais. “As parcerias entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa brasileiros, com certeza, podem contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional e para aumentar a produtividade dos seus negócios”, conclui o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Almeida Guimarães.
 
 

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