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Tecnologia reverte resistência a inseticidas

Sistema semelhante pode ser desenvolvido para outros insetos



Foto: Divulgação

Especialistas do Tata Institute for Genetics and Society (TIGS) desenvolveram um método para reverter, nas moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster), a resistência a inseticidas. Para isso os cientistas, vinculados à Universidade da Califórnia em San Diego, estão usando a edição de genes CRISPR-Cas9.

De acordo com o estudo, publicado na Nature Communications, uma prova de princípio e um sistema semelhante pode ser desenvolvido para outros insetos. O método pode ser usado com outras estratégias para melhorar as medidas à base de inseticidas ou de redução de parasitas para diminuir a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.

Os pesquisadores usaram um tipo modificado de gene-drive, uma tecnologia que usa CRISPR/Cas9 para cortar genomas em locais-alvo, para espalhar genes específicos por toda a população. À medida que um dos pais transmite elementos genéticos para sua prole, a proteína Cas9 corta o cromossomo do outro progenitor no local correspondente e a informação genética é copiada para esse local para que todos os descendentes herdem a característica genética. 

O novo gene-drive inclui um complemento que Bier e seus colegas projetaram anteriormente para influenciar a herança de variantes genéticas simples (também conhecidas como alelos), ao mesmo tempo cortando uma variante genética indesejada (por exemplo, resistente a inseticidas) e substituindo com a variante preferida (por exemplo, suscetível a inseticidas).

“Através dessas estratégias de substituição alélica, deve ser possível alcançar o mesmo grau de controle de pragas com muito menos aplicação de inseticidas. Também deve ser possível projetar versões auto-eliminatórias de unidades alélicas que são programadas para agir apenas transitoriamente em uma população para aumentar a frequência relativa de um alelo desejado e depois desaparecer. Esses impulsos alélicos de ação local podem ser reaplicados conforme necessário para aumentar a abundância de uma característica preferida de ocorrência natural, com o ponto final sendo nenhum OGM no meio ambiente”, disse Ethan Bier, professor de Biologia Celular e do Desenvolvimento na Divisão de Ciências Biológicas da UC San Diego e autor do paper.

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