Suspenso 60% do fornecimento de frutas da Turquia para a UE

De acordo com dados do Sistema Europeu de Alerta Rápido para Alimentos e Rações (RASFF) da União Europeia (UE) do primeiro trimestre deste ano, a Turquia ainda responde por 60% dos embarques de frutas e vegetais rejeitados por conterem ingredientes ativos que não são aprovados para uso na UE. Como regra geral, verificou-se que os limites máximos de teor residual de substâncias ativas agroquímicas (MRLS) permitidos a nível da UE foram excedidos, de acordo com freshplaza.com.

No primeiro trimestre, a Turquia recebeu 180 advertências de 298 registradas para todos os países dos quais frutas e legumes são importados para países da UE. Além disso, esses números só crescem. Se em fevereiro houve 45 casos de detecção de excesso de MPC, então em março - 74. Acima de tudo, o excesso de pesticidas foi registrado em citros. A substância mais frequentemente detectada foi metilclorpirifós ou clorpirifós; uma substância activa proibida na Europa.

Carles Peris, secretário-geral da LA UNIÓ de Llauradores (Sindicato dos Agricultores de Valência, província de Espanha), disse que “os dados são realmente escandalosos e mostram que as importações turcas devem ser suspensas até uma auditoria completa”. No início de março, a LA UNIÓ solicitou à Comissão Europeia e ao Governo espanhol que deixassem de importar frutas e legumes da Turquia em cartas dirigidas ao Diretor-Geral Sante, responsável pela política de saúde e segurança alimentar da UE, e à Direção Geral de Saúde da produção agrícola. do Ministério da Agricultura.

A organização também pediu um aumento na frequência de inspeções de frutas e legumes turcos para 50% e o fim das assimetrias tarifárias, porque enquanto a Turquia exporta para a UE com uma tarifa de 20%, a Espanha tem que pagar uma tarifa de 54% para exportações à Turquia.