CI

Suspeita de aftosa na Argentina pode retardar negociações do Brasil



A febre aftosa pode ter voltado à Argentina. Há suspeitas de que a doença estaria concentrada na cidade de Tartagal, na Província de Salta, nas proximidades da Bolívia. Inicialmente, o episódio não ameaça as fronteiras brasileiras, mas pode atrapalhar algumas negociações com o país vizinho. Ontem (31-08), os pecuaristas que participavam da Expointer 2003 discutiam os possíveis impactos do caso na pecuária gaúcha.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse temer o caso, mas anunciou que ainda não passa de uma suspeita, já que não recebeu comunicado oficial sobre episódio. “Ainda é cedo para impedirmos as importações de carne da Argentina , mas tomaremos todos os cuidados”, declarou ele, lembrando da atuação eficaz do ministério quando foi diagnosticada a doença no Paraguai em julho deste ano.

Se confirmado, o foco na Argentina será o primeiro desde janeiro de 2002. Ontem, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa) – da Argentina - enviou uma equipe de técnicos à região com o objetivo de confirmar ou descartar a presença da doença. Em julho deste ano, a Argentina foi declarada livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE).

O presidente da Federação Brasileira das Associação dos Criadores de Raça (Febrac), José Paulo Cairoli, declarou que o caso não deve trazer maiores impactos à pecuária gaúcha. “Nosso rebanho está imunizado por causa da vacinação”, salienta o dirigente. A mesma opinião tem o secretário da Agricultura, Odacir Klein.

Quando questionado sobre os possíveis impactos da doença, Klein repetiu que o rebanho já está vacinado.

Segundo Cairoli, outra vantagem para o Rio Grande do Sul é a proibição para a importação de gado em pé argentino. “O que acontecerá é o atraso na liberação do trânsito de animais que estava para sair”, salienta. Contudo, o presidente da Febrac alerta para o perigo que corre Santa Catarina, onde o rebanho ainda se encontra como zona livre de aftosa sem vacinação. “A Febrac sempre defendeu a vacinação”, destaca.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.