O que esperar do mercado da soja?
Feriados nos EUA e Brasil podem reduzir a liquidez dos contratos
Nos EUA, na segunda-feira (27), foi feriado em comemoração ao Memorial Day. Já na quinta-feira (30), será feriado no Brasil, referente ao Corpus Christi. Esses feriados devem reduzir a liquidez dos contratos, diminuindo a volatilidade, conforme a análise divulgadas pela Grão Direto.
Os mapas climáticos apontam a predominância de chuvas em praticamente todas as regiões do Meio-Oeste norte-americano. Em alguns estados, como Illinois, existe a possibilidade de volumes superiores a 60mm no início da semana. O Texas também receberá grandes volumes de chuva. Esse cenário poderá atrasar o ritmo de plantio da soja e prejudicar as áreas em desenvolvimento inicial, dependendo da intensidade das tempestades.
Sobre a exportações brasileiras e acordo com a última atualização da Secex, realizada em 20/05, foram exportadas aproximadamente 8,28 milhões de toneladas em maio. O ritmo diário está 2,6% menor que o mesmo período do ano passado. Apesar da redução, o Brasil poderá exportar volume acima de 15 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a abril, até o momento, o Brasil vem atingindo níveis recordes de exportação, com 36,8 milhões de toneladas.
Argentina avança na colheita. Segundo a atualização mais recente da Bolsa de Cereales, a colheita da soja atingiu 77,9%. Nesta semana, espera-se que o progresso continue, impulsionado pelo clima favorável. Com isso, os níveis devem ultrapassar 80%, aproximando-se da fase final da colheita.
Tendência de alta no dólar, com uma semana escassa em dados econômicos, o mercado continuará atento aos novos direcionamentos das autoridades do Banco Central dos EUA, que ainda trata com cautela a queda da inflação. No Brasil, as atenções ficam em torno do déficit fiscal, que superou as expectativas de março.
De acordo com a Grão Direto, considerando os fatores mencionados anteriormente, é possível que as cotações em Chicago continuem sua trajetória de alta ao longo da semana. A possível continuidade da alta do dólar, somado aos prêmios atrativos, deve trazer boas oportunidades para os produtores brasileiros.