Soja sobe novamente em Chicago
Outro fator determinante para a valorização foi a alta expressiva do óleo de soja
O avanço da soja foi sustentado pelos dados da National Oilseed Processors Association (NOPA) - Foto: Pixabay
A soja fechou em alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, impulsionada pelos bons dados da moagem americana, conforme informações da TF Agroeconômica. O contrato para março, referência para a safra brasileira, subiu 0,79%, ou 4,75 cents/bushel, para US$ 1038,50. Já a posição de maio avançou 0,26%, ou 2,75 cents/bushel, cotada a US$ 1055,50. No mercado de derivados, o farelo de soja para março recuou 0,71%, enquanto o óleo de soja registrou forte alta de 2,67%, negociado a US$ 47,30 por libra-peso.
O avanço da soja foi sustentado pelos dados da National Oilseed Processors Association (NOPA), que apontou uma moagem de 5,45 milhões de toneladas em janeiro. Embora tenha sido 3% inferior ao recorde de dezembro, o volume ficou 7,9% acima do mesmo período de 2024. Além disso, os estoques de óleo de soja atingiram uma máxima de seis meses, totalizando 577.877 toneladas até 31 de janeiro, mas ainda 15,4% menores em relação ao ano passado. No entanto, a aceleração da colheita no Brasil, que reduziu o atraso em comparação a 2024, e o recuo de 34,36% nos embarques semanais da soja americana limitaram os ganhos do dia.
Outro fator determinante para a valorização foi a alta expressiva do óleo de soja, que fechou o dia com um avanço de US$ 27,12 no contrato de março, cotado a US$ 1.042,77 por tonelada. A valorização ocorreu diante da possibilidade de novas tarifas nos Estados Unidos, caso Donald Trump cumpra suas ameaças de impor sobretaxas de 25% sobre importações de aço e alumínio, além de medidas recíprocas contra a União Europeia, Canadá e China. Esse cenário poderia restringir a entrada de óleo de canola canadense e óleo de cozinha usado, favorecendo a demanda pelo óleo de soja americano.
