Soja sobe em Chicago: Veja os motivos
As perdas não são apenas produtivas, mas também na infraestrutura logística
Na Bolsa de Chicago, a soja registrou alta com as inundações que ocorrem no estado do Rio Grande de Sul e comprometem a produção, somadas ao atraso do plantio nos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,99%, ou $ 11,75 cents/bushel a $ 1201,75”, comenta.
“A cotação de julho24, fechou em alta de 1,33% ou $ 16,0 cents/bushel a $ 1215,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 2,01% ou $ 7,3 ton curta a $ 372,3 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -0,37% ou $ -0,16/libra-peso a $ 43,08”, completa a consultoria.
As perdas não são apenas produtivas, mas também na infraestrutura logística, com danos em pontes, caminhos e rotas, todas as obras necessárias para o fluxo do comércio agrícola. “Outros fatores que influenciaram de maneira altista o mercado de soja americana forçaram a valorização do real em relação ao dólar, que reduziram a competitividade para as exportações do Brasil que recebem menos reais por seus grãos e o atraso do plantio, as chuvas nas zonas do Médio Oeste”, indica.
“Vale esclarecer que este último hoje foi altista, mas a manhã pode passar do lado dos fundamentos baixistas dado o benefício que implica o acúmulo de umidade para o equilíbrio hídrico em zonas como o oeste e o norte do cinturão de soja e milho, onde era necessário. O Adido Agrícola do USDA na Argentina estimou a produção real de soja em 49,50 milhões de toneladas, abaixo dos 50 milhões previstos que o organismo informou em seu relatório oficial de abril, tanto que a produção 2024/2025 foi projetada em 51 milhões de toneladas”, conclui.