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Soja pode chegar a US$ 500: ENTENDA

"Brasil branqueando uma safra menor, e o produtor argentino vendendo quando precisa"



Foto: Leonardo Gottems

Uma demanda sustentada e oferta limitada da oleaginosa para os próximos meses é a aposta de Enrique Erize, da Consultora Nóvitas. Na última semana, o preço da tonelada de soja na Bolsa de Chicago (Cbot) atingiu 448,36 dólares para contratos em janeiro, marcando um novo recorde em seis anos. 

Questionado pelo Portal AgroNoa, Erize justifica que esse aumento de preços veio para ficar por um bom tempo devido às compras da China: “Há excesso de demanda, não oferta, já que as safras de soja na Argentina e nos Estados Unidos foram boas e a do Brasil foi recorde”, explicou ele. 

O consultor comentou ainda que “da nova safra, os Estados Unidos dizem que tem 120 milhões de toneladas de abastecimento, cerca de 60 para o mercado interno e o restante para exportação, e a demanda interna de farinhas bateu recordes há 4 semanas e o restante para exportação já vendeu 90%, ou seja, 54 milhões de toneladas da safra”.

Segundo Erize, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta que a Argentina terá uma produção de 50 milhões de toneladas e o Brasil cerca de 133 milhões. “Devido ao ano La Niña, com falta de chuvas e menos safras, isso teria subtraído de 7 a 10 milhões de toneladas”, acrescentou.

O consultor observou que “depois de 2 anos jogando na guerra com os Estados Unidos, a China demonstra seu verdadeiro desequilíbrio alimentar, que é dramático”. “Vejo a soja em Chicago perto de US $ 500 em abril ou maio, com o Brasil branqueando uma safra menor, o produtor argentino vendendo quando precisa e os Estados Unidos tendo que recompor estoques de forma virulenta”, projetou.

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