SOJA entra na fase decisiva e não pode repetir erros: ENTENDA
No ano passado, o mercado só começou a entender ou precificar a seca no Brasil em meados de janeiro

As condições das safras nas principais regiões de produção de soja no Brasil continuam muito melhores do que quando comparado há um ano, afirma a consultoria AgResource. “As temperaturas nas regiões de safra do Centro e do Sul ficaram mais quentes do que no ano passado durante a estação de crescimento, mas os totais de chuva também foram muito melhores”, dizem eles.
“Isso permitiu um início mais típico das estações de plantio e crescimento. As últimas estimativas de safra da agência de previsão de safra do governo, CONAB, são otimistas. No relatório de safra de novembro, a CONAB estimou um tamanho de safra de 154 milhões de toneladas, com um rendimento de 3.551 Kg por hectare”, apontam os analistas de mercado.
A AgResource estima o rendimento médio nacional logo abaixo da CONAB e logo acima da tendência de longo prazo, em 3.545 Kg por hectare. A produção agrícola é estimada em um recorde de 153,5 milhões de toneladas. “No entanto, as primeiras safras plantadas estão entrando agora no estágio reprodutivo mais importante, e o clima nas próximas 6 a 8 semanas será crítico para determinar o tamanho da safra de soja”, completam.
“Há um ano, as ofertas de fevereiro estavam em 0,50 centavos de dólar em relação a Chicago, já que o mercado precificou uma safra recorde de soja brasileira. Este ano, o mercado está de novo antecipando uma grande safra brasileira que deve ser recorde, mas em relação ao ano anterior, o mercado acrescentou um prêmio adicional”, relembram os especialistas.
“No ano passado, o mercado só começou a entender ou precificar a seca no Brasil em meados de janeiro. Embora a AgResource concorde com a avaliação da CONAB de uma safra recorde de soja no Brasil, tanto a Bolsa de Chicago quanto o mercado à vista brasileiro têm o cuidado de não repetir o erro do ano passado. Mas se não houver uma ameaça climática até o final de dezembro, uma correção significativa nos prêmios na Bolsa de Chicago e FOB brasileiro deve ocorrer”, concluem.