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Soja em Chicago fecha abaixo de US$ 10/bushel 

Os resultados de hoje confirmam a fragilidade momentânea do mercado de soja



As baixas são atribuídas principalmente às boas condições climáticas As baixas são atribuídas principalmente às boas condições climáticas - Foto: Nadia Borges

Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja negociada na CBOT (Chicago Board of Trade) registrou nova queda nesta terça-feira (17), com todas as cotações dos contratos de 2025 fechando abaixo de US$ 10 por bushel. O contrato para janeiro de 2025, referência para a safra brasileira, encerrou com baixa de -0,53%, ou -5,25 cents/bushel, cotado a US$ 976,75. Para março, a queda foi ainda maior, de -0,74%, ou -7,25 cents/bushel, fechando a US$ 978,75. O farelo de soja para janeiro registrou leve alta de 0,10%, atingindo US$ 287,2 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja caiu -2,64%, fechando a US$ 40,62 por libra-peso.  

As baixas são atribuídas principalmente às boas condições climáticas e de plantio na América do Sul, onde o Brasil já concluiu cerca de 97% da área estimada para a safra atual. Essa perspectiva de grande oferta no mercado global, somada ao temor de novas disputas comerciais envolvendo os Estados Unidos, pressiona os preços da oleaginosa. Nem mesmo a venda expressiva de 490 mil toneladas de soja para três destinos distintos conseguiu evitar a queda dos contratos, refletindo a baixa confiança na sustentação da demanda.  

A sequência de três quedas consecutivas no mercado de soja destaca o impacto dos fundamentos de oferta e demanda sobre os preços. A possibilidade de uma safra volumosa na América do Sul, especialmente no Brasil, alimenta expectativas de alta disponibilidade no mercado global, enquanto as incertezas geopolíticas ampliam os riscos para exportadores americanos.  

Os resultados de hoje confirmam a fragilidade momentânea do mercado de soja em Chicago, com preços para contratos futuros estabilizados abaixo de US$ 10 por bushel. A continuidade desse cenário dependerá da evolução das condições climáticas e da dinâmica das exportações nos próximos meses.
 

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