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Soja deve sofrer os efeitos da onda de calor

Veja a previsão para sexta-feira



Foto: Sheila Flores

A partir desta sexta-feira (10/11), a onda de calor está prevista para se intensificar sobre o Brasil Central. É importante definir o que caracteriza uma onda de calor: segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), trata-se de um período em que a temperatura máxima diária supera, por mais de 5 dias consecutivos, a média histórica em pelo menos 5°C. Este cenário é esperado para os próximos dias.

O destaque para esta onda de calor é a sua abrangência, cobrindo áreas desde o Paraná até as regiões norte e nordeste do país. As projeções matemáticas indicam que esta condição climática deverá se manter nos próximos dias.

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Ao mesmo tempo, ainda nesta sexta, observa-se um aumento das instabilidades na região Sul, com potencial para eventos meteorológicos adversos, incluindo queda de granizo, vendavais e chuvas torrenciais em curtos intervalos de tempo. 

Conforme a média das projeções realizadas pelo Agrotempo, os volumes podem ultrapassar os 40 mm, valor que pode ser superado diante do cenário atual.

De forma ampla, as operações em campo no centro-norte serão impactadas pelas elevadas temperaturas, enquanto na região Sul, as chuvas intensas representam um fator determinante para as atividades em campo.

Alertas para a soja

Com a chegada da onda de calor ao Brasil Central, os produtores de soja devem estar particularmente atentos, pois a maioria das lavouras encontra-se nas delicadas fases de semeadura e germinação. As temperaturas elevadas previstas podem comprometer seriamente a emergência e o estabelecimento inicial das plântulas. Além disso, com a forte presença do Sol, as temperaturas na superfície do solo podem passar dos 55°C, comprometendo o estande das lavouras e nos casos mais extremos, forçando o replantio.  

Região Norte: Temperaturas em elevação.
Uma massa de ar quente e seco que está se desenvolvendo no Brasil Central, mexe com as condições do tempo na região. Áreas do Tocantins e Pará devem ter o predomínio de tempo seco, apesar de algumas pancadas de chuvas isoladas e passageiras acontecendo ao norte do Tocantins. Ao mesmo tempo, ainda há condições de chuvas no AMACRO, mas essas devem ser mal distribuídas. As temperaturas entram em elevação em relação aos últimos dias. 

Região Nordeste:  Cessam as chuvas no SEALBA.
As condições de chuvas diminuem em todos os setores, reduzindo até mesmo no Recôncavo Baiano, depois de um período mais chuvoso. Ainda h?a chances para algumas trovoadas isoladas e passageiras sobre o Maranhão, mas com  baixos volumes e grande irregularidade. O calor vem ganhando intensidade, especialmente em setores mais ao norte da região.

Região Centro-Oeste: Massa de ar quente e seco, mexe nas condições do tempo.
Uma massa de ar quente e seco vem ganhando intensidade sobre o Centro-Oeste, o que reduz a possibilidade de chuvas e aumenta as temperaturas. Ainda assim, são esperadas pancadas isoladas no noroeste de Mato Grosso e sul do Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, os volumes previstos são baixos e muito irregulares. As temperaturas serão superiores às registradas na tarde de quinta-feira, podendo facilmente superar a marca dos 40°C no oeste do Mato Grosso do Sul e de forma recorrente no Mato Grosso e Goiás.  

Região Sudeste: Calor vem ganhando intensidade.
A massa de ar quente e seco ganha mais espaço sobre a região, abrangendo todos os estados do sudeste. Algumas chuvas, fracas e pontuais podem ocorrer no sul e litoral de São Paulo, mas com volumes previstos abaixo dos 5 mm. O grande destaque é o aumento gradativo do calor sobre a região - sob a influência da onda de calor que está em desenvolvimento no Brasil Central. Além do forte calor, os índices de umidade devem ser baixos, o que acelera a perda de umidade do solo e das plantas, prejudicando o desenvolvimento inicial das lavouras.

Região Sul: Novas instabilidades com potencial de tempestades
Um novo pulso de instabilidades deve surgir na região. Essas chuvas avançam pela manhã a partir da fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul, avançando em direção ao litoral no decorrer do dia, com força e abrangência. Os índices de instabilidade apontam para condições de tempo adverso como a ocorrência de de granizo, vendavais e chuvas intensas em curtos períodos de tempo. Os maiores volumes de chuva devem acontecer sobre o Rio Grande do Sul, como na região da Serra do Sudeste com mais de 40 mm no decorrer do período. No norte do Paraná, a condição é de tempo mais seco e aumento nas temperaturas.

A análise é do metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.

 


 


 

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